Comerciante da Ceasa doa 1,5 toneladas de alimentos por mês

4 de abril de 2017 - 14:24

 

43% dos alimentos que o Iprede necessita por mês para ajudar as crianças e suas famílias são doados por permissionários da Ceasa.

 

Há 20 anos, ele chega ao entreposto da Centrais de Abastecimento do Ceasa (Ceasa-Ce) em Maracanaú antes mesmo do sol nascer e com muita dedicação comercializa centenas de toneladas de hortigranjeiros e contribui para o abastecimento dos 184 municípios cearenses. Em um mercado onde circulam 25 mil pessoas em dias de feira, o mineiro Luciano de Paula, decidiu fazer diferente e trabalhar lado a lado com a solidariedade. Mensalmente, o comerciante chega a doar 1,5 toneladas de alimentos e estimula outros permissionários a doarem também.

Entre as instituições beneficiadas estão casas de acolhimento para idosos, casas de recuperação, programas de responsabilidade social em parceria com a Ceasa Ceará como o Mesa Brasil do SESC e o Instituto da Primeira Infância (IPREDE). Nesta última instituição, Luciano de Paula, juntamente com outros 12 comerciantes da Ceasa, chegam a doar 6,5 toneladas de alimentos por mês.

Luciano de Paula conta que chegou ao entreposto de Maracanaú em 1996 e após um ano trabalhando no mercado identificou a necessidade de doar alimentos para instituições. Segundo ele, a vontade de ajudar surgiu quando percebeu a dificuldade que a instituição Iprede tinha em arrecadar as doações. Diante disto, tomou para si a responsabilidade de recolher, organizar e armazenar hortigranjeiros em sua loja, além de disponibilizar um funcionário para fazer este serviço. “Toda sexta-feira eu reúno minhas doações e a de outros 12 permissionários, o caminhão do Iprede passa na minha loja e recolhe 1,5 toneladas de alimentos por semana”, frisa.

Os alimentos doados, conforme o comerciante, sempre estão em bom estado de conservação e há o cuidado em evitar doar o que não for apto para consumo. “Os alimentos são bem cuidados e sem problema de contaminação, são os mesmos que consumo em casa com minha família. É importante doar o que é bom”, ressalta,

A solidariedade de Luciano de Paula já rendeu até uma homenagem na Assembléia Legislativa do Ceará, fato que o deixou muito orgulhoso. “Doar só depende da gente, quando depende do outro fica mais complicado. Hoje graças a Deus tem dia que as doações nem cabem no caminhão do Iprede. Quem dera eu poder ajudar mais. Sinto-me muito bem fazendo isto”, conclui.

O presidente do Iprede, Sulivan Mota, considera Luciano de Paula uma das figuras mais representativas e solidárias em relação à instituição. Segundo ele, a quantidade de alimentos doada e arrecadada por Luiciano é fundamental para alimentar nutrir e favorecer um futuro melhor para milhares de crianças e famílias inteiras que frequentam o Iprede.

Conforme Sulivan Mota, atualmente o Iprede recebe 1.350 crianças em situação de desnutrição e para atender esta demanda é necessário 15 toneladas de alimentos por mês. Deste total, 6,5 toneladas são doadas por um grupo de 13 comerciantes da Ceasa, no qual o organizador é Luciano de Paula, ou seja, 43% dos alimentos que o Iprede necessita por mês para ajudar as crianças e suas famílias são doados por permissionários da Ceasa.

“Esse grupo de permissionários têm sensibilidade e compreendem a nossa realidade. Eles conseguem enxergar a dor do outro sem ao menos conhecê-los. Embora, certamente, nunca terem visto estas crianças, enxergam as necessidades delas e de suas famílias fazendo assim com que elas existam, pois o ser humano só existe quando é visto. Toda essa solidariedade é coordenada por Luciano de Paula”, frisa Sulivan Mota.

O presidente do Iprede afirma que não há como mensurar a quantidade de crianças que já foram ajudadas por Luciano nestas últimas duas décadas, mas afirma que milhares de vidas foram salvas por ele. “A gratidão que o Iprede tem pelo senhor Luciano de Paula é tão imensurável como é o resultado do trabalho dele”, destaca.

Iprede

Sulivan Mota explica que o Iprede oferece 500 refeições por dia e atende mensalmente 1.350crianças. No entanto, o trabalho vai muito além de alimentá-las, pois é realizada uma ressocialização das famílias por meio da oferta de cursos profissionalizantes para as mães que colaboram para o ingresso ou retorno dela no mercado de trabalho. São mais de 30 cursos em parceria com o SENAC em cinco áreas diferentes: informática, culinária, zeladoria, estética e corte e costura.

“Seguimos uma trajetória oferecendo desde a alimentação, estímulos cerebrais, por meio de tecnologia social até o atendimento feito com as famílias. Acreditamos que se faltou alimento para a criança ela vive em miséria. Não adianta apenas alimentar se ela volta para bmiséria novamente”, conclui.


Assessoria de Comunicação da Ceasa Ceará

Karla Camila Sousa

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