Frutas apresentam queda de 5,22% no mês de março

23 de abril de 2014 - 12:15

Segundo dados do Índice de Preços da Ceasa Ceará (IPCE), as frutas ficaram mais baratas na Ceasa em março, tendo em vista que apresentaram queda de 5,22% na comparação com o mês de fevereiro. As principais retrações foram registradas no maracujá (-20%), maçã (-15,7%), coco verde (-13,3%) e acerola (-12,1%). Alguns itens do setor, porém, ficaram mais caros, como o mamão formosa (36,4%), a melancia (13,3%) e o limão galego (8,8%). Entre as hortaliças também houve redução nos preços da Ceasa (-11,3%). Conforme o IPCE, as principais quedas nesse setor foram registradas no chuchu (-52,6%), pepino (-46,1%) e pimentão (-27,3%), que ficaram mais baratos em março.

Apesar das quedas, a média geral dos principais itens comercializados na Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa) ficaram 3,93% mais caros se comparados com o mês de fevereiro. De acordo com a análise feita pelo IPCE, essa elevação foi decorrente, principalmente, pelo setor de folha, flor e haste, que sofreu o maior reajuste do período, de 34,36%.

Conforme o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, o crescimento acentuado no preço desses itens ocorreu por conta das fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) na última semana do mês passado. “Sem dúvida, as folhosas foram as principais vilãs de março, muito por conta do excesso de chuvas nas hortas de Aquiraz, Caucaia, Eusébio, José Walter, Lagoa Redonda e Messejana. Eu explico: diferentemente de outros alimentos, as folhas não são beneficiadas quando há muita água. Elas estragam com maior facilidade, ficam pretas rapidamente, e assim não podem ser aproveitadas para o consumo”, comenta. De acordo com o IPCE, os principais aumentos no setor de folha, flor e haste foram registrados na cebolinha (138,9%), coentro (122,7%) e também na alface, com alta de 26,9%.

Batata também é vilã

A batata inglesa também foi uma grande vilã nos preços da Ceasa, tendo ficado 66,9% mais cara no mês passado. No último dia 9, aliás, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Fortaleza, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já havia apontado o produto como um dos mais impactantes na Capital cearense. “O que aconteceu foi uma quebra de safra na região Sudeste, especificamente em Minas Gerais, que é um dos maiores fornecedores de batata para o Ceará. No Sul, ocorreu a mesma coisa, com destaque para o Paraná. Assim, todo o Nordeste foi sustentado apenas com a safra da Bahia, o que consequentemente culminou em menos itens no mercados e preços mais salgados”, explica Odálio Girão.

Não à toa, o setor que a batata inglesa faz parte na Ceasa, de raízes, bulbos e rizomas, subiu 15,06% em março. Batata doce (24,2%) e macaxeira (aipim) (10,3%) também apresentaram altas significativas. “Não houve uma recuperação nos locais de plantio no Ceará, que são os municípios de Pindoretama, Cascavel, Barreira, Ocara, Serra da Ibiapaba e no Sertão”, diz Girão.

Dados: Sistema de Informação de Mercado

Assessoria de Imprensa da Ceasa Ceará

Karla Camila Sousa

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