Presidente da Ceasa-CE apresenta Mais Nutrição em missão na Holanda 

13 de março de 2020 - 08:48

Por meio do seu presidente, Maximiliano Quintino, a Ceasa-CE (única do Nordeste) participou em fevereiro, de missão na Holanda sobre “Agrologística e Comércio” no setor de Frutas e Legumes, organizada pela Embaixada da Holanda no Brasil e pelo Ministério da Agricultura holandês, para apresentar oportunidades que a Holanda pode oferecer a empresas e organizações brasileiras nas áreas de transferência de conhecimento e tecnologia e comércio bilateral.

Grupo que participou da missão na Holanda

Durante a missão, Maximiliano Quintino teve a oportunidade de apresentar o Programa Mais Nutrição, em encontro que o grupo teve com a Embaixadora do Brasil na Holanda, Regina Maria Cordeiro Dunlop.  Na ocasião, Bert Rikken, conselheiro agrícola da Embaixada da Holanda no Brasil e que acompanhava o grupo, fez uma breve introdução e falou muito sobre o Ceará.

Abrindo sua fala, a Embaixadora perguntou ao grupo sobre o desperdício nas Ceasas. “Nesse momento, apresentei o Programa Mais Nutrição, o que impressionou a todos, inclusive aos colegas de outras Ceasas, pois mostrei fotos e expliquei toda a logística de funcionamento, destacando que as sopas e polpas alimentavam mais de 14 mil pessoas carentes. Ao final da apresentação, a Embaixadora perguntou se no Brasil só existia o Ceará, sugerindo que outros estados também apresentassem modelos de combate ao desperdício. Também tive a oportunidade de falar sobre o nosso projeto do biogás,” detalha o presidente da Ceasa-CE.

Maximiliano Quintino

Integravam também a missão à Holanda, representantes das Ceasas do Paraná, Santa Catarina e Campinas (SP), além de empresários brasileiros do setor de agronegócios, que participaram de visita técnica à área de planejamento e logística do Porto de Roterdã e de visita técnica à área de importação e exportação de produtos agrícolas do aeroporto de Schipol (Amsterdã).

Maximiliano Quintino explica que na visita ao Porto de Roterdã, falou sobre o Porto do Pecém. “Foi muito gratificante ver a empolgação deles com o Porto do Pecém, o quanto eles acreditam que o Pecém ainda vai dar muito frutos para eles e que é um porto que tem muito a crescer. Eles citaram o nome do governador Camilo Santana e elogiaram a forma como ele fez todas as tratativas sobre o projeto,” diz ele. Quintino destaca ainda que, nesse mesmo dia, visitaram algumas empresas de logística que tinham produtos do Ceará, a exemplo do melão produzido em Icapuí.

Maximiliano Quintino

O grupo que integrava a missão também conheceu cooperativas de frutas e vegetais, centros de agrologísiticas e visitou a casa de leilões de frutas e legumes (equivalente holandês às Ceasas, mas privado). “Na Holanda, diferente do que acontece nas Ceasas, o público não se desloca aos condomínios de empresas que comercializam frutas e verduras, pois as compras são todas feitas pela internet ou por telefone, porque o consumidor já sabe que todos os produtos são de qualidade. Esses condomínios ficam perto do Porto de Roterdã, ou do aeroporto de Schipol ou perto de rodovias e ferrovias, o que facilita a logística de entrega dos produtos. É um processo extremamente avançado e que certamente servirá de exemplo para nós,” destaca o presidente da Ceasa-CE.

Durante o evento foram apresentados, especificamente para os representantes das Ceasas, modelos holandeses de inovação no campo de sistemas agrologísticos, gerenciamento e planejamento no setor de frutas e legumes, bem como tecnologia de armazenamento, linhas de processamento e classificação para importadores, exportadores e produtores para armazenamento na fazenda. Foi também realizada uma rodada de negócios, onde foram apresentados diversos parceiros.

“A viagem foi bastante positiva e enriquecedora e foi basicamente para conhecermos tecnologias no setor de logística, o que hoje é muito diferente da nossa realidade, em termos de Ceasas em todo o País. Ficou muito clara a celeridade nos processos de comercialização dos holandeses. No Porto de Roterdã, por exemplo, as cargas demoram de 20 a 40 minutos, no máximo, para serem liberadas e aqui no Brasil a demora é em torno de 3 a 5 dias,  o que tem um impacto negativo nas exportações, apesar dos produtos ficarem refrigerados por todo esse tempo. Muito já avançamos, mas muito ainda precisamos avançar, pois temos um mercado interno muito forte e deixamos de abranger uma fatia maior nas exportações por conta, principalmente, da logística que ainda tem muito a evoluir,” finaliza  Maximiliano Quintino.

Maximiliano Quintino com a Embaixadora da Holanda no Brasil, Regina Maria Cordeiro Dunlop

e participantes da missão.